Arma de eletrochoque ou simplesmente arma de choque, é uma arma não letal capaz de liberar uma descarga elétrica a fim de imobilizar uma pessoa momentaneamente. Contudo, existem registos e comprovações da Polícia do Brasil, de efeito "criminoso em seu uso", que essa arma é mais letal que a arma de fogo, quando se "fecha o cirqüito" provocando um campo eletro - magnético fatal, de eventuais casos de morte entre pessoas com aparelhos de "Marca - Passo", pessoas idosas e gestantes, que perdem as suas crianças. E muitos outros fatos que constam em arquivos policiais.
No Brasil essa arma não é muito aceita. Muitas dessas armas podem ser disfarçadas nos mais variados tipos de objetos, desde caneta até celulares. Há tempos, diversas opções caseiras são feitas a partir de capacitores eletrolíticos, especialmente de tantalo, mas desde 1993 a empresa Taser International fabrica e vende diversos modelos de armas de eletrochoque, popularizando seu uso principalmente pelas polícias de diversos países. Os tasers, como são conhecidos, apesar de possuírem um funcionamento básico comum em relação ao padrão das armas de eletrochoque, têm os dois eletrodos de carga não estão permanentemente unidos à estrutura.
Taser
Existem basicamente dois modelos de taser:
Taser de contato: tem o formato semelhante ao de um celular e funciona com duas baterias de nove volts. Seu funcionamento é simples: tem o corpo de plástico e possui numa da extremidades uma junção de seis a dez pinos metálicos, agrupado em pares, por onde é descarregada a corrente elétrica. Em um dos lados possui um gatilho, onde é efetuado o disparo. Também possui uma chave, onde a arma pode ser ligada, desligada ou colocada em "standby" ("modo de espera"). O resultado na vítima depende da região atingida, podendo ser desde a dormência na área atingida ou até mesmo desmaio.
Taser de IEM (air taser): tem o formato semelhante ao de uma pistola (como o da imagem) e funciona pelo principio de IEM (interrupção elétrica intramuscular). Esse modelo possui 2 eletrodos, ligados a dois fios de cobre que podem ter quatro, seis, oito ou dez metros. Ao disparar, ela lança os dois eletrodos, que ao atingir a vitima, aplicam uma descarga elétrica por 5 segundos, imobilizando o alvo. Após esse tempo, mantendo-se pressionado o gatilho, uma descarga é disparada a cada 1,5 segundo. Após o disparo, os eletrodos e os fios são descartados, sendo trocado para o próximo disparo. Pode-se acoplar a taser uma lanterna tática e mira a laser, para evitar erros acidentais. Este modelo, diferente do de contato, imobiliza a vitima, independente da resistência à eletricidade do alvo e da área atingida, pois devido à descarga ser intra-muscular, age direto no sistema nervoso central (SNC), fazendo com que o alvo fique em posição fetal. Alguns modelos utilizam uma bateria descartável que permite até 120 disparos. Outros utilizam uma bateria auxiliar recarregável que o operador leva preso à cintura em uma bolsa, semelhantemente ao coldre de uma pistola normal. No Brasil, seu uso é restrito às forças policiais, paramilitares e militares, sendo portanto proibido a compra, uso ou porte por civis.
Mortes relacionadas uso das armas de eletrochoque
Brasil
Em 18 de Março de 2012, o brasileiro Roberto Laudísio Curti, de 21 anos, morreu depois de ser atingido por eletrochoques disparados por armas taser da polícia de Sydney, na Autrális. A arma utilizada pela polícia ao abordar o brasileiro disparada até 400 volts de eletricdade contra a pessoa. Roberto morreu no local. A ação policial teve início após o furto de um pacote de biscoitos em uma loja de conveniência durante a madrugada. A policia australiana alega haver confudido o brasileiro com um ladrão do pacote de biscoitos.
Canadá
Mapa de mortes relacionadas com uso de taser no Canadá. As armas envolvidas nas mortes são de fabricação da Taser Internacional. Um caso recente é de um turista brasileiro de 21 anos, ocorrido em Sydney na Austrália no dia 19 de março de 2012, noticiado pelo jornal local The Sidney Morning Herald. Outro caso é o de Robert Dziekanski, ocorrido em 14 de outubro de 2007 e que resultou no Inquérito Braydwood. O incidente inflamou o debate a cerca do uso de armas de eletrochoque, especificamente as de fabricação pela Taser Internacional. O resultado parcial do Inquérito, recomenda restrições extensas ao uso de armas de energia em geral, incluindo as armas de eletrochoque.
O mapa das mortes relacionadas com uso de taser no Canadá indica que o alto grau de treinamento das forças policiais no uso da arma não evita a ocorrência de fatalidades. Grupos de direitos civis argumentam que elas aumentam a violência policial, uma vez que não deixam marcas e a morte pode ocorrer horas após o incidente, sendo dada como por outras causas. Após estudos realizados por laboratórios imparciais, como o caso dos estudos realizados em Montreal, Canadá, a fabricante Taser International deixou de reivindicar que os dispositivos sejam "não-letais", e atualmente diz que eles "são mais eficazes e mais seguros do que o uso de outras opções de força."
O comitê contra tortura das Nações Unidas aponta para o fato de que o uso de armas de energia dirigida como as de eletrochoque pode constituir um objeto de tortura devido à dor aguda que eles causam, e alerta contra a possibilidade de morte. O uso dos cintos de descarga elétrica foi condenado pela Anistia Internacional como a tortura, não só para a dor física causada pela arma mas também pelas maiores possibilidades de abuso, uma vez que causa intensa dor sem deixar marcas. Seria a tortura sem contato, facilmente negada.
Estudos Recentes
Estudos apontam ser irresponsável o seu uso, feitos pelo especialista Pierre Savard, engenheiro da Ecole Polythechnique de Montreal, de "morte súbita" associado ao processo a acerca da segurança do uso de tasers indicam que o limite de energia necessária para provocar uma difribilização ventricular fatal diminui dramaticamente a cada ataque dos choques elétricos com o taser. O limite em mulheres principalmente nas grávidas é ainda mais baixo.